13 de setembro de 2013

RECOMENDO : A CULPA É DAS ESTRELAS ( JOHN GREEN )




Hazel Grace – Só Hazel, por favor! – tem 16 anos e há 3 luta contra um câncer terminal que, apesar de encolhendo, não lhe dará mais que alguns anos de vida. Ela abandonou a escola há algum tempo e passa as tardes assistindo America’s Next Top Model, o que não quer dizer que ela seja totalmente infeliz.


A verdade é que Hazel há muito tempo aceitou seu destino, e a única coisa que a deixa preocupada, magoada e, principalmente, culpada, é a forma como seus pais precisam encarar esse grande desafio. Isso e a chatice de ter que ficar carregando um cilindro de oxigênio pra todos os lados.


As coisas começam a mudar em sua vida quando, por insistência da mãe, ela vai à reunião de um grupo de apoio para jovens com câncer. Não era sua primeira vez, claro. Já estava acostumada com o ambiente meio esquisito e o discurso otimista, mesmo para os que não tinham mais chances… Mas era a primeira vez de Augustus Waters.


Gus é lindo e tem sua própria cota de sofrimento, tendo perdido uma perna por conta do câncer. Ele é amigo de Isaac, um menino cego com quem Hazel dividia suspiros irônicos durantes as reuniões, e acaba se aproximando da menina. E é claro que daí nasce um relacionamento bastante real, com aspectos dramáticos e muitos momentos fofos.


Uma das coisas que a menina mais ama na vida é um livro chamado “Uma Aflição Imperial”, que termina no meio de uma frase, deixando muitas questões em aberto. Fã incondicional do autor, Hazel sonha em descobrir o que aconteceu – só assim sua vida poderia seguir completa. Mas o autor nunca respondeu nenhuma de suas cartas.


Com um empurrãozinho da doença, Gus e Hazel acabam em uma aventura meio surpreendente [e essa é a parte que achei menos crível do livro] para encontrar Peter Van Houten, o autor. E essa é só uma das várias reviravoltas da história.


O livro é completamente fofo e emocionante. Não é exagerado, mas acho que justamente o contrário – uma vez ou outra sinto que faltou uma profundidade nos sentimentos, talvez culpa da narrativa em primeira pessoa. Diferente da caricatura que poderíamos encontrar, achei os personagens muito bem construídos – apesar de não tão profundos quanto imaginei.


Hazel é forte (ou finge muito bem), preocupada com os outros mais do que consigo mesma, com um humor ácido e ótimas doses de ironia. Gus é fofo, inteligente e muito cativante, tornando as interações ainda mais bacanas. Sem contar o humor negro que permeia muitas partes da narrativa.




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